A VITÓRIA DA ADORAÇÃO
A adoração sempre exerceu um importante papel no relacionamento com Deus, o Pai está em busca dos verdadeiros adoradores: “Mas vem a hora e já chegou, quando os verdadeiros adoradores, adorarão ao Pai e em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (João 4:23).
Mas o que é adorar em espírito e em verdade? No tabernáculo havia a seguinte divisão: átrio, Santo lugar e Santo dos Santos. Existe cristão que nunca sairão do átrio, vão a Igreja todos os domingos levantam as mãos adoram com o corpo, mas a alma não é atingida, suas emoções não estão envolvidas é uma aparência de adoração. Enquanto levantam as mãos ou batem palmas seu pensamento está longe vagueando fora da igreja, sua vida espiritual é vazia sem oração e sem palavra no coração, levam uma vida com “aparência” de que tudo está bem. O segundo nível de cristão é aqueles que chegam a entrar no Santo lugar, têm uma vida de oração, mas ficam presos a este nível porque são emocionais, ficam firmes quando tudo vai bem e abalados quando enfrentam alguma crise. Podem ficar presos a este nível aqueles que são extremamente racionais presos por fortalezas de padrões de pensamento preestabelecidos. Conseguem adorar quando estão felizes, mas se estão tristes entram em lamúrias infindáveis. O terceiro nível de Cristão é o adorador a quem Deus busca, aqueles que submetem seu corpo, alma e espírito em perfeita adoração. O adorador em espírito e em verdade, adora incondicionalmente. Se tudo vai bem sua alma rejubila, seu corpo exalta o Senhor como foi o caso de Davi que dançou e pulou de alegria diante da arca. O verdadeiro adorador em tempo de tristeza se prostra da mesma forma. Josafá diante da crise e da eminência de um ataque do inimigo liderou a adoração a Deus: “Então Josafá se prostou com o rosto em terra; e todo Judá e os moradores de Jerusalém também se prostraram perante o Senhor, e o adoraram” (2 Cr 20:18).
O adorador ama o tempo todo, da mesma forma como em um casamento os cônjuges devem se amar em todo o tempo independente dos problemas e crises. Seria estranho um casamento em que os dois não se tocassem, ou que suas almas não estivessem envolvidas, ou não houvesse uma aliança com o espírito. Maria irmã de Lázaro para mostrar toda a sua alegria e amor a Jesus ela tomou de um vaso de alabastro, deu o dinheiro equivalente ao salário anual de um lavrador.
Maria adorou a Jesus com as suas finanças, com o seu corpo enxugando com os cabelos, sua alma sem se envergonhar daquilo que os outros pensariam, submetendo o seu racional, que dizia ser absurdo e fanático a sua atitude de adoração (João 12:1 a 8). Maria adorou em espírito e em verdade entrando desta forma no Santíssimo lugar como Jesus mesmo afirmou, sempre escolhendo a melhor parte! No templo havia 4000 levitas preparados para (1 Cr 23:5) adorar, um verdadeiro exército de homens e mulheres em disponibilidade 24 horas por dia para manter o Templo sempre cheio de adoração. No talmud está escrito que durante as 3 principais festas, o numero de harpas e outros instrumentos musicais era tão grande, que o som da música era escutado em Jericó.
Os levitas responsáveis pela música no templo exerciam papel tão importante no culto quanto os sacerdotes que ofereciam os sacrifícios. Os levitas ficavam em uma plataforma em frente ao altar de bronze no pátio de Israel. A cerimônia do sacrifício não poderia ser realizada se os levitas não estivessem tocando, um não poderia funcionar sem o outro. Durante o salmo que eles cantavam os levitas interrompiam 3 vezes para que os sacerdotes tocassem as trombetas de prata e neste momento o povo se prostrava diante de Deus. Agora vejamos como adorador pode se tornar alguém com força espiritual, graça diante dos homens, sábio, influente no reino espiritual e natural. É inegável o fato de Davi ter sido um verdadeiro adorador que agradava tanto ao coração de Deus, que foi conhecido como “O homem segundo o coração de Deus”. Quando Davi já havia sido ungido por Samuel, mas ainda continuava a cuidar das suas ovelhas, as palavras do profeta não subiram a sua cabeça. Alias o adorador é uma pessoa muito equilibrada, pois tem intimidade com Deus é curado emocionalmente e humilde. O espírito de Deus havia se retirado de Saul e ele sofria com a opressão de um espírito demoníaco, seus soldados que conheciam o poder da adoração sugeriram alguém que tocasse e um deles disse a Saul conhecer a pessoa ideal que tinha as seguintes características:
“... Conheço um filho de Jessé, o Belemita, que sabe tocar, e é forte e valente homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência; e o Senhor é com ele” (1 Sm 16:18).
Saul só conseguia alivio, quando alguém com unção tocasse harpa, ou melhor, o espírito maligno só deixava Saul livre diante da verdadeira adoração. Eis, aqui uma grande arma contra para o reino espiritual: A adoração!
Um soldado de Saul enumerou 7 características na vida de Davi, que o qualificaria para estar diante do Rei tocando e exercendo autoridade sobre aquele espírito maligno:
1. Sabe tocar - O que qualificava Davi não era simplesmente a harmonia dos sons, emitidos por sua harpa, mas sim o poder resultante de uma verdadeira adoração. Diante de um adorador, os espíritos que atormentavam a Saul tinham que se dobrar, eles não conseguiam ficar diante deste som suave, mas poderoso. Muitas vezes nos ensinam, que para enfrentarmos nossos inimigos espirituais precisamos gritar, fazer grandes gestos, mas Jesus quando enfrentava as trevas simplesmente dizia “Sai dele” e os espíritos se sujeitavam a esta voz firme de um adorador cujo maior prazer era fazer a vontade do Pai. Como seria maravilhoso se cada cristão se tornasse um adorador em espírito e em verdade, pois desta forma teríamos uma igreja poderosa e tenho certeza que os príncipes da terra procurariam os homens e mulheres de Deus para estarem perto deles, porque encontrariam refrigério através destas vidas. Um dos soldados de Saul ao enumerar as qualidades de Davi disse que ele tocava bem. Eu imagino que este soldado passado pelos vales em algum momento tenha ouvido um som diferente de tudo o que já ouvira em toda a sua vida e atraído pela música chegou até onde Davi se encontrava tocando um dos salmos ungidos.
Quando levamos uma vida de intimidade com Deus, ocorre um fenômeno interessante: Os homens são atraídos pela beleza do som emitindo pelas nossas vidas, mas os demônios se afastam por não suportarem a presença da unção. Era também costume em Israel, os harpistas deixarem suas harpas, enquanto dormiam, penduradas nas árvores, e o vento ao tocar nas cordas produzia sons belíssimos. Esta era a música composta pelo vento que se espalhava pelos vales e por todo Israel. Em hebraico a palavra “Ruach” é tanto para vento quanto para Espírito. O Espírito está soprando sobre o coração de todos os adoradores, para que a mesma música de vitória seja ecoada pelos quatro cantos da terra. Música que está sendo tocada nos céus antecipando a vitória dos adoradores; “Cada vez que os quatro seres viventes cantavam, glória, honra e agradecimentos ao que senta no trono e vive para sempre, os vinte e quatro líderes caiam diante dele e o adoravam. Atiravam as suas coroas diante do trono e diziam: Nosso Senhor e Deus! Tu és digno de receber glória, honra e poder, porque criaste todas as coisas; por tua vontade elas foram criadas e existem” (Ap 4:9 a 11). Os anciãos jogavam suas coroas diante do trono em demonstração de que nada são sem Deus e tudo o que são é porque veio da Sua própria mão. Davi nunca se esqueceu disto, mesmo sendo Rei continuou a adorar como simples pastor mesmo sendo Rei nunca deixou de chorar, se humilhar ou dançar diante de Deus, mesmo sendo Rei nunca se esqueceu de declarar: